Hoje em dia, fala-se muito de “desintoxicar” o corpo. Para isso, além de manter a saúde do fígado, deve-se consumir alimentos anti-inflamatórios, ricos em antioxidantes, como os polifenóis. Porém, de acordo com o cardiologista estadunidense e autor do best-seller sobre alimentação “The Plant Paradox”, Steven Gundry, o alimento com maior poder tônico já é comum na maioria das casas ao redor do mundo. Longe dos modismos, ele apontou ao New York Times que o azeite de oliva é um dos superalimentos mais poderosos.
E o que eleva a fonte de gorduras a essa categoria são justamente os polifenóis, tão mencionados por acadêmicos e especialistas da saúde. Isso pois essas substâncias antoxidantes podem reduzir as chances do desenvolvimento de uma série de doenças. Por exemplo, em uma pesquisa publicada em outubro de 2018, no periódico acadêmico The New England Journal of Medicine, as pessoas que consomem um litro de azeite de oliva por semena têm 30% menos chances de desenvolver doenças cardivasculares. Outro estudo publicado no jornal Annals of Clinical and Translational Neurology afirma que o óleo favorece à memória e ajuda a prevenir Alzeheimer.
“A questão do azeite de oliva é que é uma gordura monoinsaturada, o ômega nove, que já foi apontada em diversos estudos por ter benefício cardiovascular. Possui ação antioxidante, então melhora toda a função endotelial dos vasos, diminuindo inflamação crônica”, aponta o endocrinologista Guilherme Renke, que também chama atenção para a oleuropei?na, substância presente nas folhas da oliveira. “Já existem estudos apontando que ela leva a uma melhora da massa óssea, possui empoderante oxidante e, por conta disso, também previne a osteoporose”, completa o médico.
Para Gundry, o melhor óleo para cozinhar é o azeite que, contrário do que muitos pensam, não é danificado pelas altas temperaturas. “O azeite tem um ponto de fumaça baixo ao ser aquecido. As pessoas pensam que ele é prejudicado durante a cocção, mas na verdade, não. É o óleo menos oxidável para a culinária, ainda melhor do que o de coco ou o de abacate”, alega o cardiologista ao site Domino.
Contudo, é necessário ter um pouco de atenção. Apesar do cardiologista afirmar que o azeite de oliva deve ser consumido em carca de 10 colheres de sopa por dia para atingir um litro semanal, é necessário olhar para as calorias. De acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO), 100 gramas do ingrediente contêm 884 calorias. Esse valor corresponde a apenas cerca de 100 mililitros do óleo, de forma que você precisaria consumir 10 vezes mais essa quantidade para atingir a indicação do médico. Ainda mais, existem outros alimentos ricos em polifenóis, como leguminosas e o café.
No mercado, para escolher a melhor opção de produto, deve-se observar a acidez, que deve ser a menor possível. “Vale priorizar um azeite que tenha o selo da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), e aqueles produtos certificados pelo INMETRO”, indica Guilherme.
Fonte: https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Bem-Estar/Saude/noticia/2019/06/cardiologista-americano-receita-10-colheres-de-sopa-de-azeite-por-dia-para-os-seus-pacientes-entenda.html