BLOG

As Crianças Estão Nascendo Diferentes – Muitas Já Não Aceitam Proteína Animal

Nunca tive dúvidas em relação à Medicina. Menos ainda em relação à Pediatria.

Seres de luz, puros, que só sabem viver no presente e precisam de tão pouco para ser felizes. Não enxergam cor, gênero, religião, situação social. Apenas se conectam a todos os seres com o coração. Por isso escolhi essa especialidade, desde pequena.

Sou formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e UTI Pediátrica pela Universidade de São Paulo (USP-SP).

Aprendi ao longo dos anos na UTI Pediátrica, um ambiente de aparente dor e sofrimento, que é possível enxergar também muito amor e missões de vida se concretizando. Aprendi que curar nem sempre significa eliminar alguma doença e sim acolher com amor, respeito e carinho nesse momento difícil, e sou muito grata por todas as conexões que tenho a oportunidade de vivenciar todos os dias nesse ambiente especial.

A Medicina tradicional, alopática, da forma como aprendemos na faculdade, sempre me encantou e me ensinou muito; e continua me ensinando todos os dias. Mas eu queria mais. Queria responder a algumas perguntas que essa Medicina que eu conhecia ainda não conseguia me responder. Fiz a formação em Practitioner de Programação

Neurolinguística, em reiki e em Hipnose Ericksoniana, o que me ensinou a abrir o coração para outras formas de curar e entender que existe muito além do que apenas um corpo físico. Tenho muito carinho também pela Acupuntura e Fitoterapia, meus atuais objetivos de estudo e formação, além de diversas outras formas de Medicina que respeito e admiro.

Acredito de coração que não é preciso separar as formas de Medicina ao cuidar de um paciente, por isso gosto muito mais da palavra “E” do que da palavra “OU”. Não é preciso usar apenas uma forma de curar “OU” outra e sim agregar conhecimentos para tratar o paciente como um todo, não só apenas fisicamente. Como já dizia Patch Adams, médico famoso por sua forma “inusitada” de tratar os enfermos, “Se você tratar uma doença, você ganha ou você perde. Se você tratar uma pessoa, eu garanto, você vai ganhar, não importa o resultado”. É nisso que acredito e é isso que pratico no consultório, meu outro ambiente de trabalho: medicina integrativa.

Dizem que as crianças possuem muita semelhança com os animais e basta um coração aberto para entender que isso é a mais pura verdade. Os animais, assim como as crianças, também amam incondicionalmente, sem pedir nada em troca, além de amor. Por amor aos animais e a todos os outros seres, e conectada a essa missão de curar através do amor e do acolhimento, escolhi me tornar vegetariana há quase 2 anos e é emocionante perceber o quanto as energias se renovam e se expandem. Sem perceber, cada vez mais e mais pessoas são atraídas por um mundo de mais amor e harmonia entre todos os seres. E as crianças? Elas sabem disso tudo muito antes dos adultos!

Percebo no meu dia a dia o quanto as crianças de hoje estão chegando de uma forma diferente, já conectadas fortemente a esse amor incondicional entre os seres. Algumas crianças no consultório não aceitam proteína animal em sua alimentação (sim, isso tem acontecido cada vez mais frequentemente) e estamos falando de crianças que muitas vezes ainda nem falam. Como eu comentei, elas só se conectam com o coração e palavras são dispensáveis ao expressar esse amor.

Acredito do fundo do meu coração que a humanidade já está despertando para uma nova consciência e outra forma de convívio entre os seres, na qual o meu direito de viver é tão grande quanto o direito de todos os seres à vida.

Meu amor ao próximo faz com que eu respeite todas as escolhas e por isso atendo no consultório todas as formas de alimentação e estilo de vida. Assim como meu profundo amor pela Medicina faz com que eu apenas agregue conhecimentos ao atender um paciente e não exclua nenhuma forma de cuidar. Mas cada paciente é único e merece ser visto e cuidado além de apenas um corpo físico, sempre individualizando todos os atendimentos e tratamentos.
Só é possível cuidar do próximo após aprender que toda cura vem de dentro para fora.

Desejo que todos os seres, absolutamente todos os seres, sejam felizes e que possamos aprender com as crianças e com os animais a viver no presente, que é a única coisa que existe.

Pensando nesse grupo de crianças e bebês que não aceitam proteína animal, e aproveitando esse fato para investigar mais afundo a estrutura familiar dessa criança, elaborei um questionário. Ele será fundamental para avançarmos nas pesquisas e utilizarmos como ferramenta para uma maior compreensão sobre essas mudanças de comportamento alimentar, com respeito e amor.
 
Quem tiver um caso desse ou conhecer alguma família que tenha relatado algo parecido, respondam ao questionário! 
Segue o link: google forms

Por: Dra. Bianca Mello Soto – Pediatra