A França proibiu definitivamente, o cultivo de um milho geneticamente modificado, MON810, produzido pela Monsanto.
A mais alta corte e o Senado, confirmaram um veto existente e a criação de uma lei que proíbe a produção do MON810.
A lei, que já havia passado pela Câmara baixa do Parlamento, superando a oposição de membros da extrema direita, entrou em vigor em todo o país.
Na tentativa de derrubar a ação, a Associação Geral de Produtores de Milho (AGPM), alegou que a proibição já afetava verozmente a economia, por meio de uma crise econômica urgente.
Porém, os argumentos foram rejeitados, uma vez que apenas uma parte do milho francês é cultivado com sementes do OGM.
No entanto, a AGPM não se surpreendeu com o veredito dessa semana, pois, Paris já havia declarado duas vezes, proibições temporárias sobre cultivos OGM – em 2011 e 2013.
O MON810 é o único milho geneticamente modificado, resistente a insetos, que pode ser cultivado na União Europeia, porém agora, com exceção da França.
Um estudo francês, realizado pelo biólogo molecular Gilles-Eric Séralini e sua equipe, publicado no International Journal of Biological Sciences, em 2015, evidenciou que o consumo da semente modificada tem efeitos negativos, principalmente sobre fígado e rim, órgãos ligados à eliminação de impurezas. Embora as propriedades nutricionais do milho sejam mantidas, os grãos do milho transgênico apontam claros sinais de toxidade.
A publicação desse estudo, obrigou a Monsanto (líder mundial em venenos e transgênicos) revelar sua própria análise dos grãos, a qual sempre manteve em sigilo impedindo que a informação se tornasse pública. O resultado você encontra em nossa matéria especial, clicando aqui!
A autorização do produto está atualmente sob revisão da UE como parte de uma análise mais ampla sobre o uso de cultivos OGM, mas estados membros têm o direito de proibí-los, independentemente das determinações de Bruxelas.
Infelizmente, alguns países ainda permitem a utilização de produtos tão tóxicos e nocivos a saúde, com o único objetivo de produzir em escala e gerar mais renda. Esse movimento é irresponsável e altamente perigoso, pois os frutos serão colhidos a longo prazo na materialização de doenças – doenças estas já bem interligadas com as práticas modernas de transgenia, agrotóxicos e produtos industrializados.